Raul Bopp: Cobra Norato (1931–) [BR-PT, EN]

3 August 2016, dusan

“Raised in the south of Brazil, trained as a lawyer in Recife and Rio, and seasoned as a diplomat in Japan and the United States, Raul Bopp found his true subject in Manaus, where he discovered what he insisted was the authentic Brazil. Bopp brought to the early Modernist movement in Brazil a fascination with the folklore, Indian languages, and culture of the vast hinterland of the Amazon basin. As a contributor to the magazine Revista de Antropofagia (Anthropophagical Review) in the 1920s and 1930s, Bopp defined the concerns of what he called the “Cannibalist school” of poetry. ‘Anthropophagical’ in their appropriative and assimilative relation to European experimental writing, the theories of Bopp and Oswald de Andrade further associated them with the tenets of the cosmopolitan/indigenist “Verde e Amarelo” writers, who took their name (“The Green and Yellow”) from the colors of the Brazilian flag.

His long poem Cobra Norato (The Snake Norato or, as translated by Renato Rezende, Black Snake) was written in 1928 and published in its first version in 1931. In it Bopp embodies his primitivist, mystical sense of the life of Brazil’s interior, whose energy he and the other “Cannibalists” proposed as an alternative to the compromising forces of modern urban life. Skeptical, impressionistic, rhythmically complex, and erotically playful, the poem moves at times like a dream or a fairy tale. Its politics, however, are humanitarian and ecologically alert to the dangers o fexploiting the rain forest and its indigenous cultures. In later editions, Bopp softened the bluntness and difficulty of the poem’s diction, making the tone less austerely visionary and more tender. In his later poems, in his criticism, and in his several volumes of memoirs, Bopp continued his Modernist advocacy of Amazonian and Afro-Brazilian folklore as sources of energy and psychic survival.” (Source)

First published in Rio de Janeiro, 1937.

Cobra Norato / Black Snake (BR-Portuguese/English, trans. Renato Rezende, 1996, excerpts, HTML)
Cobra Norato (English, trans. Chris Daniels, 2008)

André Mesquita: Esperar não é saber: arte entre o silêncio e a evidência (2015) [BR-PT]

2 May 2016, dusan

A book about art and state terrorism in Brazil and Argentina during the dictatorship and the following democratic period.

“O livro Esperar não é saber, é resultado da pesquisa do historiador André Mesquita que, a partir da análise de trabalhos de artistas e ativistas, documentos desclassificados, notícias, fotografias e vídeos, reflete sobre a violência praticada como política de Estado e sobre o potencial crítico de ações artístico-políticas ocorridas muitas vezes à margem do sistema de arte. Em primeiro lugar, as múltiplas dimensões da repressão durante as ditaduras no Brasil (1964-1985) e Argentina (1976-1983), ora ocultadas como segredo de Estado, ora tornado públicas como dispositivos de terror e controle social, são discutidas na perspectiva de dois trabalhos: Situação T/T,1 (abril de 1970), de Artur Barrio, em que “trouxas ensanguentadas” são lançadas anonimamente às margens de um córrego em Belo Horizonte, provocando um clima de tensão entre o público e as autoridades em relação àqueles vestígios; e Nosotros no sabíamos (Nós não sabíamos), trabalho de compilação de recortes de jornal iniciado por León Ferrari poucos meses após o início da ditadura argentina e o governo repressivo do general Videla, em que o artista reúne notícias de diários argentinos sobre o aparecimento de cadáveres em lugares públicos, sequestros e pedidos de habeas corpus realizados por familiares de desaparecidos.

Em um segundo momento, o livro interpela o legado da ditadura presente na atuação arbitrária de agentes policiais e militares, a fim de discutir o processo de institucionalização das práticas de tortura, assassinato e desaparecimento no Brasil. A pesquisa toma então como ponto de vista o vídeo da artista Clara Ianni e da ativista Débora Maria da Silva (fundadora do Movimento Mães de Maio), Apelo (2014), realizado no Cemitério de Perus (São Paulo), conhecido destino de corpos de militantes torturados e assassinados pelos repressores do regime durante a ditadura militar brasileira. O vídeo mostra a rotina atual do cemitério, onde diariamente são realizados enterros de “indigentes” e prováveis vítimas das muitas facetas da violência do Estado.”

Self-published in São Paulo, 2015
Creative Commons BY-NC-ND 4.0 International License
ISBN 9788591909704
232 pages

Author
WorldCat

PDF, PDF (11 MB)

Navilouca: almanaque dos aqua-loucos (1974) [BR-PT]

7 March 2016, dusan

Navilouca is a Brazilian avant-garde art and poetry magazine, of which only a single issue appeared, in 1974.

“Navilouca foi uma revista de poesia e arte de vanguarda brasileira, que circulou apenas uma edição, em 1974.

Inspirados pelas publicações do Concretismo, como Noigandres e Invenção, os poetas Torquato Neto e Waly Salomão elaboraram em 1971 o projeto de uma revista que revelasse a produção poética experimental do Brasil da época, influenciada pelo Tropicalismo e pela contracultura.

A revista teve projeto gráfico de Óscar Ramos e Luciano Figueiredo. Em formato grande (27 x 36 cm), apresentava-se já na capa como “edição única”, funcionando como uma antologia de poetas experimentais. No enanto, o grupo não conseguiu reunir os recursos necessários para imprimir e distribuir a sua criação.

Torquato morreu em 1972, sem conseguir ver a revista publicada. Com a intermediação de Caetano Veloso, Waly conseguiu que André Midani, executivo da Polygram, apoiasse a ideia. Navilouca foi finalmente lançada em 1974 e oferecida como brinde de Natal a clientes da gravadora. Em 1975, alguns exemplares foram distribuídos e vendidos em livrarias.” (Wikipedia)

With Augusto de Campos, Rogério Duarte, Torquato Neto, Waly Salomão, Décio Pignatari, Duda Machado, Hélio Oiticica, Jorge Salomão, Stephen Berg, Luiz Otávio Pimentel, Chacal, Luciano Figueiredo, Óscar Ramos, Ivan Cardoso, Lygia Clark, Caetano Veloso, and Haroldo de Campos.

Edited by Torquato Neto and Waly Sailormoon
Publisher Edições Gernasa e Artes Gráficas, Rio de Janeiro, [1974]
[92] pages

Facebook

PDF (24 MB; missing pages 4, 29, 44, 45, 48, 49; assembled from JPEGs on Torquatoneto.com.br, Urubuweb and Internet Archive)